Mensagem de estado
In development mode.Mensagem de erro
África em movimento. Migrações internas e externas.
A Casa África adicionou um novo título à sua Coleção de Ensaios, uma linha editorial criada para dar visibilidade ao conhecimento dos pensadores, escritores e teóricos africanos e africanistas, com o intuito de apoiar o estudo e investigação sobre matérias relacionadas com o desenvolvimento e potencialidades do continente desde um ponto de vista mais afastado dos estereótipos com que tradicionalmente se tem abordado a realidade africana.
Trata-se da obra África en movimiento. Migraciones internas y externas (África em movimento. Migrações internas e externas), coordenada pelo Professor Mbuyi Kabunda Badi e que contém textos de Godwin O. Ikwuyatum, Germain Ngoie Tshibambe, Macharia Munene, Juvénal Bazilashe Balegamire, Susana Moreno Maestro, Mercedes Jabardo Velasco, John O. Oucho e Sami Naïr.
Nesta mesma linha, a Casa África entrega anualmente os Prémios de Ensaio, para apoiar a investigação e difusão de conhecimentos sobre temas africanos.
A Coleção de Ensaio e Pensamento da Casa África, publicada em colaboração com a Editorial Los libros de la Catarata, pode ser adquirida em livrarias e grandes superfícies de todo o território espanhol bem como através da sua página web.
Esta nova obra incorporada na coleção questiona-se se as migrações são uma benção ou uma maldição para o continente africano, pois em análise dos fluxos migratórios internacionais geralmente incide-se mais nas migrações Norte-Sul, verticais ou intercontinentais, passando por alto às intercontinentais ou horizontais, que são as que registam os maiores desfasamentos no mundo e que se produzem entre as regiões distintas do Sul e entre países do mesmo continente. Ignora-se assim que as povoações dos países em desenvolvimento emigrem mais frequentemente dentro de um mesmo país (êxodo rural) ou em direção aos países limítrofes, praticamente tão pobres como os países de origem.
As migrações interafricanas contam com 40 milhões de migrantes internos, políticos, económicos e meio-ambientais que batem o recorde de migrações forçadas ou de pessoas que fogem da perseguição política, da violação dos direitos humanos e conflitos armados. A obra analisa as características das migrações internas e externas, destacando os aspetos positivos e negativos para África e Europa, com o objetivo de acabar com a conceção etnocêntrica do desenvolvimento, cuja exportação não pôde reter os africanos nas suas terras nativas, para começar a ter em conta as suas necessidades e aspirações de desenvolvimento humano e as suas necessidades de sobrevivência e estabilidade interna.
Mbuyi Kabunda Badi, natural da República do Congo e coordenador da obra, é professor especializado em problemas de integração regional, desenvolvimento, género, direitos humanos e conflitos em África.
Licenciado em Ciências Políticas pela Universidade do Congo. Na atualidade é professor e membro do Instituto Internacional de Direitos Humanos de Estrasburgo e do Doutorado de Relações Internacionais e Estudos Africanos da Universidade Autónoma de Madrid. Foi professor de Relações Internacionais e chefe do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Lumbashi, professor da mesma disciplina na Universidade Autónoma de Madrid e de Basileia, professor no Instituto de Direitos Humanos Pedro Arrupe da Universidade de Deusto e do mestrado europeu de Direitos Humanos e Democratização de Veneza.
Ex-Presidente da ONG Sodepaz (Solideriedade para o Desenvolvimento e Paz) com sede em Madrid, publicou uma centena de artigos em revistas especializadas e em obras coletivas sobre os problemas de integração regional, desenvolvimento, género, direitos humanos e conflitos em África. Entre os seus livros publicados destacam-se Las ideologías unitaristas y desarrollistas en África (As ideologias unitárias e inovadoras em África), El nuevo conflicto del Congo. Dimensión, internacionalización y claves (O novo conflito do Congo. Dimensão, internacionalização e chaves) e Los derechos humanos en África (Os direitos humanos em África). Além disso, foi coordenador da África subsaariana perante o novo milénio (2002), editor de Etnias, estado y poder en África (Etnias, estado e poder em África) (2005) e coautor de Mitos y realidades en África y Africaníssimo (Mitos e realidades em África e Africaníssimo), cuja publicação foi apoiada pela Casa África.