Mensagem de estado
In development mode.Mensagem de erro
ARTIVISMO: O papel dos cartazes e da música na luta contra o Apartheid Sul-africano nos anos 70 e 80
A Casa África tem o privilégio de apresentar esta exposição que nasce da investigação realizada por Estefanía Pereira Tavira durante os seus estudos do Mestrado Interuniversitário de Gestão do Património Artístico e Arquitetónico, Museus e Mercado da Arte da Universidade Las Palmas de Gran Canária.
Grande parte da referida investigação foi realizada na Casa África e são as salas desta instituição que acolhem agora esta mostra expositiva que se enquadra dentro de África Vive, atividades organizadas no âmbito da comemoração do Dia Internacional de África (25 de maio).
Esta exposição, que pode ser visitada (como sempre, de forma gratuita) de 16 de junho a 14 de outubro de 2016, persegue vários dos objetivos fundamentais desta instituição, entre os quais se destacam mostrar a realidade social do continente africano e sensibilizar sobre um tema de muito interesse na nossa sociedade.
A mostra é composta por 48 cartazes, todos eles feitos por diferentes grupos de libertação e culturais durante a época do apartheid, que recolhem as importantes reivindicações sociais que a população exigia durante as décadas de 1970 e 1980, anos que se caracterizaram por uma produção em massa de cartazes antiapartheid.
É a primeira vez que, na Casa África, o Apartheid sul-africano é o protagonista central de uma exposição. Esta instituição teve mostras de diversos autores contemporâneos sul-africanos e, de uma forma ou de outra, a referência ou influência desta época tão recente era tanto inseparável como inevitável, mas neste caso, Artivismo permite-nos refletir diretamente sobre este fenómeno tão importante não só para a história da África do Sul ou do continente africano, mas do mundo em que vivemos.
Desta forma, esta mostra torna-se um instrumento ótimo para sensibilizar a cidadania através da arte como meio que nos une. A arte ajuda a entender aquilo que nos dá identidade, nos enraíza no que somos, mas também nos liga a um mundo em mudança. A arte ajuda-nos a enfrentar os novos desafios criados pelas sociedades contemporâneas.
Que esta exposição sirva para nos recordar a cidadania, e especialmente aos nossos jovens, o que foi o Apartheid, que uma situação como esta perdurou até o início dos anos 90 e como foi combatido por uma sociedade valente que se atreveu a levantar-se e a reclamar o que era justo.